domingo, 26 de abril de 2015

Trumpet Listening by Chris Gekker

Boa noite pessoal, neste artigo o excelente trompetista Chris Gekker fala sobre a importância de praticar o ato de ouvir. Nos fala da importância do equilíbrio entre horas de estudo ao trompete e horas de ouvir outros músicos, gravações, concertos, etc.

VIDEO: Chris Gekker tocando o primeiro movimento da Sonata de Eric Ewazen.










Listening 


Ouvindo



To improve as trumpeters, it is necessary to practice with consistency, intensity, and intelligence. Also crucial, and sometimes overlooked, is that to develop our musicianship we all need to listen: to other trumpet players as well as all types of instrumentalists, singers, and types of music.
Para desenvolvermos como trompetistas é necessário praticar com consistência, intensidade e inteligência. Também é crucial, e por vezes esquecidos, é que, para desenvolvermos nossa musicalidade precisamos ouvir: outros trompetistas, bem como outros instrumentistas, cantores, e outros tipos de música.
Practicing builds our skills and conditions us physically to deal with our instrument. Listening develops our overall background and knowledge of music, and more specifically inspires and nurtures an inner ideal of how we want to sound. The great Arnold Jacobs has said that "good" and "great" brass players often possess the same amount of talent—what makes a trumpeter "great" is that internal conception that is continuously strived for.
Estudar/praticar constrói nossas habilidades e nos condiciona fisicamente para lidarmos com nosso instrumento. Ouvir desenvolve nosso conhecimento geral sobre música e mais especificamente inspira e nutre um desejo interno sobre como queremos soar. O grande Arnold Jacobs disse que 'bom' e 'grandes' músicos dos naipes dos metais, geralmente possuem a mesma quantidade de talento, o que faz um trompetista 'grande' é aquela concepção interna que é continuadamente esforçado para.
In a perfect world, we would all be able to regularly attend fine concerts, but this is not likely for most, and pretty much impossible for young players. So recordings are vital for our listening education. I remember, as a young boy in the early 1960s, sitting with my parents, listening to the Jackie Gleason Orchestra on TV, hearing Bobby Hackett's beautiful cornet floating through. In junior high I heard a great professional in person for the first time:
Num mundo perfeito, nós todos teríamos a possibilidade de assistir excelentes concertos. mas isto não é possível para muitos, e quase impossível para jovens músicos. Portanto as gravações são vitais para nossa educação no ouvir. Eu lembro, quando era jovem no início da década de 60, sentado com meus pais, ouvindo Jackie Gleason Orchestra na TV, ouvindo o som lindo de cornet de Bobby Hackett. No colegial ouvi o grande profissional ao vivo pela primeira vez:   
 Emerson Head. His playing was so expressive, so exciting, and I started practicing hard and listening to every record I could, making full use of the public library in my hometown of Alexandria, Virginia. Some almost got worn out: John Ware's posthorn solo on Mahler's Symphony No. 3, Clark Terry, and Maurice Andre. In high school my parents gave me Miles Davis' Filles de Kilimanjaro, which really turned my world upside down. During my first year at the Eastman School of Music, Gerard Schwarz's Age of Splendour pushed me to practice harder than ever. All this listening, going to whatever concerts I could, and my great teachers added up to all the inspiration I could have ever hoped for.
Emerson Head, sua maneira de tocar era tão expressivo, tão excitante, e eu comecei a praticar mais intensamente e a ouvir todo tipo de gravação que eu conseguia, utilizando ao máximo a biblioteca pública de minha cidade natal, Alexandria, Virgínia. Alguns quase ficaram degastados: o solo de posthorn da sinfonia 3 de Mahler tocado por John Ware, Clark Terry e Maurice Andre. No ensino médio meus pais me deram Filles de Kilimanjaro de Miles Davis, que honestamente virou meu mundo de ponta cabeça. No meu primeiro ano na Eastman School of Music, Age of Splendour de Gerard Schwarz me impulsionou a estudar/praticar muito mais do que nunca. Todos estas gravações que ouvia, indo para qualquer concerto que podia, e meus grandes professores somaram toda a inspiração que eu poderia desejar/imaginar.

I was also checking out other musicians: John Coltrane, Bob Dylan, Mahalia Jackson, conductors like Furtwangler and Bruno Walter, and as many composers as possible, from all periods. This is the wide range of listening that can benefit us all. When I coach students on the Haydn Concerto or the Hindemith Sonate, I often learn that they are not familiar with any other works by these composers. Every piece of literature exists in a language, and we cannot hope to really be able to understand what we are doing without some knowledge and background of that language.
Eu também ouvia outros músicos: John Coltrane, Bob Dylan, Mahalia Jackson, maestros como Furtwangler e Bruno Walter, assim como muitos compositores quanto possível de todos os períodos. Esta é a grande variedade de escuta que nos beneficiará sempre. Quando ensino meus alunos no concerto de Haydn ou a Sonata de Hindemith, eu geralmente percebo  que eles não estão nada familiarizados com as outras obras destes compositores. Toda obra musical na literatura existe em uma linguagem, e nós não poderemos compreender o que estamos fazendo/tocando sem algum conhecimento e experiência do que está por trás desta linguagem.
 There are times when some creativity is needed: when preparing the Halsey Stevens Sonata or Ropartz's Andante et Allegro, for example, we might not find other works by them. But, with some research, we'll learn that Copland and Bartok strongly influenced Stevens, and that Ropartz studied with Cesar Franck. There are always ways to add to our knowledge and understanding: read, ask questions, and keep trying to learn.
Há momentos que precisamos de criatividade: quando estudamos a Sonata de Halsey Stevens ou Andante e Allegro de Ropartz, por exemplo, nós possivelmente não encontraremos outras obras deles. Mas, com alguma pesquisa, nós aprenderemos que Copland e Bartok influenciou fortemente Stevens e que Ropartz estudou com Cesar Franck. Existe sempre maneiras de adicionar ao nosso conhecimento e entendimento: leia, pegunte/questione e sempre mantenha aprendendo.
Listening is ultimately as important as practicing—for any of us to reach a high level both must exist together. Practicing, by necessity, is directed inward, centered on ourselves, as we establish and continually refine our abilities. Listening, on the other hand, draws us outward, and can give us the wisdom and perspective to see our musicianship as part of something greater than any one of us as individuals. The balance of these two endeavors has a deep meaning, possibly leading us to the fulfillment and happiness that music making can bring.

Ouvir é em última análise tão importante como praticar/estudar, para que qualquer um de nós possamos atingir um alto nível os dois precisam coexistir. Praticamos por necessidade, nos foca para dentro, centramos em nós mesmos, assim como estabelecemos e continuamos refinar nossas habilidades. Ouvir, por outro lado, nos direciona para fora, e nos dá sabedoria e perspectiva para ver nossa musicalidade como parte de algo maior do que nós mesmos, maior do que nossa individualidade. O equilíbrio destes dois empreendimentos tem um profundo significado, possivelmente nos levando para a realização e felicidade que o fazer musical pode nos trazer/dar.


Thanks for stoping by!
All the best for you all, never give up in your etudes!
Regards from Brazil!
sam

Obrigado por visitar meu Blog!
Ótimos estudos ao trompete!
Um abraço,
samu

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