sábado, 18 de julho de 2015

O Trompetista Zen - Trumpet's Audition Part 1

Bom dia galera, continuando a tradução, Zen and the Art of the Trumpet by C.S. nestas traduções tenho como objetivo facilitar e compartilhar dicas de coisas importantes pra uma vida saudável e repleta de resultados positivos na vida trompetística!



VIDEO DO DIA: Um maravilhoso pistonista!!









Auditions


Auditioning is the process through which musicians are hired in symphony orchestras. In the United States the repertoire for auditions is derived primarily from significant orchestral passages in preliminary through semi-final and final rounds. In the final round the auditionee will usually be asked for a solo work and occasionally will also play either chamber music, or with the section or in some cases with the full orchestra. In many European orchestras the emphasis is on solo rather than orchestral literature.


Audições

Audição é o processo pelo qual/através os músicos são contratados em uma orquestra sinfônica. Nos Estados Unidos o repertório para audições é primariamente derivado de passagens significativas orquestrais nas rodadas preliminares, semifinal e na final. Na rodada final o candidato, será pedido que toque uma música solo, e ocasionalmente tocar também música de câmera, ou com o naipe de trompetes ou ainda em alguns casos tocar com a orquestra inteira. Em muitas orquestras européias a ênfase é em solo ao invés da literatura orquestral.


Regardless of the format, however, auditioning can be one of the most stressful, anxiety-raising, frustranting and (depending on the outcome), either depressing or exhilarating experiences a musician will ever have.
That said, auditioning is currently a fact of life, and if someone wants to enter or pursue an orchestral career, then he/she has to learn how to present one's self in the most positive manner when playing an audition.


Independente do formato, entretanto, audições pode ser um dos mais estressantes, aumento/elevação de ansiedades, frustrante e ( dependendo do resultado), ou depressivo ou emocionantes experiências um músico/trompetista terá.
Dito isto, audição é atualmente um fato da vida, e se alguém quer entrar ou seguir uma carreira orquestral, então ele/ela tem que aprender como se apresentar na mais positiva maneira quando estiver tocando em uma audição.


So, how should that be done? First of all, it is assumed that when a trumpet player decides to 'audition', he or she has achieved a fairly high level of proficiency on the instrument and an awareness of music in general and the orchestral repertoire in particular. In a time frame of anywhere from about ten minutes to a half hour, it is necessary to be able to show one's credentials: i.e. to make a positive, personal, musical statement encompasses sound, style, rhythm, dynamics, phrasing, etc., and of course: interpretation.

Então, como isto deve ser feito? Primeiramente, é assumido que o trompetista que decidir  em "audição", ele ou ela alcançou um nível bastante elevado de proficiência no instrumento e uma consciência de música em geral e no repertório orquestral em particular. Em um pequeno espaço de tempo entre 10 minutos e 30 minutos, é necessário ser hábil em mostrar/apresentar suas credenciais: e.g. fazer uma positiva, pessoal, englobando declarações musicais, som, estilo, ritmo, dinâmica, fraseado, etc., e logicamente: interpretação.


That sounds simple enough. So, what makes auditioning difficult? Let me list some of the problems as I perceive them.

accuracy - of course, accuracy is important, but because of our listening to recordings, where, due to the recording technique of splicing from who knows how many 'takes', we never ( or rarely) hear any mistakes on recordings.

This is probably one of the reasons why accurancy has taken on an excessive degree of importance, today, making it almost an obsession.

What does accuracy mean? If the auditionee plays no wrong notes but does not play with any nuance, inflection, or timbre, which would make his playing into an artistic musical interpretation, he may in fact be 'missing' all the notes.


Isto soa muito simples. Então, o que faz/torna uma audição difícil? Deixe me listar alguns problemas que eu percebo/notei.

Exatidão - naturalmente, exatidão é importante, mas porque nosso hábito de ouvir gravações, aonde, devido as técnicas de gravações em dividir/recortar em quem nem imagina quantos 'takes', nós nunca (ou raramente) ouvimos nenhum erro em/nas gravações.

Este é provavelmente uma das razões pelo qual exatidão tem tomado/se tornado em um excessivo grau de importância, atualmente, quase uma obsessão.

O que exatidão significa? Se um candidato toca nenhuma nota errada mas não toca com nuances, inflexões, ou timbres, o que faria seu tocar em uma artística interpretação musical, ele pode, de fato 'perder' todas as notas.


Dynamics - The advice "avoid dynamic extremes" is sometimes given. The only reason I can imagine someone would recommend this is in pursuit of playing safe, not taking chances.

But what does this lead to? If a marking of FFF is rendered F, or PPP becomes P, then the committee/conductor will probably think either this person has a very limited dynamic range, or this person is not paying attention to what the composer has written, or the person has been overly cautious.

In fact, although there is absolutely no consensus as to a precise decibel-level for each dynamic, the candidate must show he is capable of playing at all dynamic leves, including at the extremes.


Dinâmicas - O conselho "evite tocar nos extremos" é algumas vezes dado. A única razão que eu (C.S.) posso imaginar alguém daria/recomendaria isto é em busca de tocar seguramente, sem arriscar.

Mas o que isto te leva? Se está marcado FFF e voce entrega F, ou PPP se torna P, então a banca/maestro provavelmente pensará que este trompetista tem um, muito, limitada gama de dinâmicas, ou que este trompetista não está se atendo/prestando atenção no que o compositor escreveu, ou que este trompetista está tendo muita precaução.

De fato, apesar não haver um consenso em uma precisão de níveis de decibéis nas dinâmicas, o candidato precisa mostra/apresentar que ele é capaz de tocar em todos os níveis de dinâmicas, incluindo os extremos.


Obrigado por tua visita!
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samuca


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Regards from Brazil!
sam

sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Trompetista Zen - Articulation on the Trumpet


Boa tarde pessoal, aqui vai mais um artigo do livro Zen and The Art of the Trumpet by C.S.


VIDEO DO DIA: Ontem a noite, prestigiando um amigo tocando Dixieland, maravilhosamente bem, uma pessoa me disse que odeia os metais, ??? fiquei triste, mas mencionei que tudo é questão de referências, e de preferências ótimas!! Aqui vai uma referência de um som belíssimo que o pistão pode ter!! Atenção pistonistas, vamos divulgar o belo som do pistão ao mundo, rsrsrs, 







Articulation

What is this process we call articulation? It is about how notes are connected either by sound or by silence. Yes, also by silence.

A slur is the sound that connects the notes of different pitch.

Silence is harder to define; it's not quite enough to say "absence of music", because silence between the note is as important for expression as the sound of notes themselves; they are partners. A rest is a notation for silence. But, all the notes not connected by sound (i.e. detaché ) legato and staccato notes are connected by silence: the problem is "by how much silence". This is determined by several factors: shape of note, rhythmic pattern, tempo, stylistic rules.


Articulação

Qual é o processo que nós chamamos articulação? É sobre como as notas são conectadas ou pelo som ou pelo silêncio. Sim, também pelo silêncio.

Ligaduras é o som que conecta as notas de diferentes tons.

Silêncio é difícil de definir: não é suficiente dizer "ausência de música", porque o silêncio entre a nota é tão importante para expressão como o som das notas em si mesmo; eles são parceiros. Uma pausa é uma notação/código para o silêncio. Mas, todas as notas não conectadas pelo som (e.g. détaché/destacado) legato e staccato são conectadas pelo silêncio; o problema é "por quanto de silêncio". Isto é determinado por vários fatores: forma da nota, padrões rítmicos, tempo e regras de estilo.


The tongue, of course plays an important role in articulation. Usually the emphasis is on the tongue starting the note - in other words: much attention, or even an exclusive concern, is focused on the attack. However the tongue controls the duration (i.e length) of the note. It is, in fact the end of the note which determines whether a note is legato or staccato. In human speech, articulation refers to the pronounciation of whole phrases, not just the start of each word. Therefore one should focus one's attention on the end of the notes ( duration, grouping, spacing, accents, intensity, etc).


A língua, é claro tem um papel importante na articulação. Normalmente a enfase é que língua inicia a nota - em outras palavras: muita atenção ou ainda uma preocupação exclusiva, é focada no ataque. Entretanto a língua controla a duração (e.g. comprimento/duração) da nota. É, de fato o final da nota que determina se a nota é legato ou staccato. Na fala humana, articulação se refere na pronúncia de frases inteiras, não somente o início de cada palavra. Portanto o trompetista deveria focar sua atenção no final das notas. (duração, agrupamento, espaçamento, acentos, intensidade, etc).

Excerpts from trumpet lessons: T (teacher) S (student)

(S plays Etude, with fast and slower note)
T: you can't articulate well if you don't keep the feel of steady tempo; use you foot.
(S plays more on the beat, but misses notes)
T: if you rush you'll get wrong notes, just as sure as you sit on this chair...
(S plays more to a steady beat)
T: better; you see, when you rush you try to go to the future before it's there...due to anxiety.
(S plays another sequence going up to high d, through fast notes; misses notes but hit the d all right)
T: OK; you wanted the high note and you got it, but you missed most of the others, you rushed and you did not know in what shape to play the notes, also you forgot to tap your foot (demonstrates on student's trumpet and mouthpiece) ....when you rush it's like an iron bridge that falls to pieces...nuts and bolts falling out...if you do not play the notes in time you'll miss them.
S: and I must think of the end of the notes.
T: yes, that's right and it's good if you teach yourself what to do.
(S plays this sequence getting all the notes)
T: now, it's not enough to play all the notes, we need the right shape of the note (sings the sequence to suggest a concept: articulation plus a feeling of music and the right speed and correct inflections).
(S plays the notes; T conducts)
T: consider the notes plus the silence between notes, watch the relationship between the notes and silence, you'll realize silence is as important the note.
(S plays better)

Trechos de trompete aulas/lições:

P (professor) E (estudante)

(E toca Etude, com notas rápidas e lentas).
P: voce não pode articular bem se voce não manter a sensação de um tempo estável/preciso; use teu pé.
(E toca mais em tempo, mas perde notas).
P: se voce correr voce irá pegar/tocar notas erradas, tão certo como voce está sentado nesta cadeira...
(E toca mais num tempo estável/preciso). 
P: melhor; entende, quando voce corre voce tenta ir para o futuro antes que ele esteja lá...devido à ansiedade.
(E toca outra sequencia indo para cima até o ré agudo, através de notas rápidas; perde notas mas atinge/acerta o ré agudo).
P: Beleza, voce quis tocar o ré agudo e voce conseguiu, mas perdeu a maioria das outras notas, além do que voce esqueceu de bater teu pé ( demonstra no trompete e bocal do estudante) ... quando voce corre é igual uma ponte de ferro/aço que cai aos pedaços...porcas e parafusos caindo....se voce não tocar as notas no/em tempo voce irá perder elas/as notas.
E: e eu preciso pensar no final das notas.
P: sim, é isto aí, é será bom se voce ensinar a voce mesmo o que fazer.
(E toca esta sequencia acertando/pegando todas as notas)
P: agora, não é suficiente tocar todas as notas, nós precisamos o formato/a forma adequada/apropriada da nota ( canta a sequencia para sugerir um conceito/uma idéia: articulação mais um sentimento/sensação de música e a velocidade apropriada e as corretas inflexões.
(E toca as notas; P rege)
P: considere as notas mais o silêncio entre as notas, assista/veja a relação entre as notas e o silêncio, voce vai perceber silêncio é tão importante quanto as notas.
(E toca melhor).


(S2 plays rather well: sound, precision; orchestral excerpt)
T: let's see the colour of this, otherwise it is too repetitious (demosntrates on student's horn an mouthpiece)
(S plays with more nuances)
T: put a little more energy in there
(S plays with too much sizzle)
T: yes, but with less energy on the end of the note.
(S plays with better balance and sound)
T: of course you can't do the same at any speed... (demonstrates extremely slow tempo - laughs)


(E2 toca muito bem: som, precisão: trecho orquestral)
P: vamos ver/checar a cor/colorido disto, caso contrário é muito repetitivo ( demonstra no trompete e bocal do estudante).
(E toca com mais nuances)
P: coloque um pouco mais de energia nisto.
(E toca com mais chiado)
P: sim, mas com menos energia no final da nota.
(E: toca com melhor balanço/equilibrio e som).
P: claro voce não consegue fazer o mesmo em qualquer velocidade...(demonstra num tempo extremamente lento - ri/dá risadas).


(S3 plays Etude)
T: here the accents result from spacing
(S plays, has problems)
T: think the intervals to be smaller, rather than bigger
(S plays much better)
(S plays other piece)
T: think of the shape of the notes and try to get the same sound on all the notes
(S plays, missing notes)
T ( avoid insisting on what went wrong) think of the process, on how the notes are connected ( demonstrates)
(S plays)
T: play the thirds in tune, otherwise all the rest gets higher and higher; with panic on tends always to think and make the intervals longer while you should precisely do the reverse...
(S plays better)



(E3 toca um Etude)
P: aqui os acentos são resultantes do espaçamento
(E toca, tem problemas)
P: pense que os intervalos são menores, em vez de serem maiores.
(E toca muito melhor)
(E toca outra peça/música)
P: pense no formato/forma das notas e tente pegar/tirar o mesmo som em todas as notas.
(E toca, perdendo notas)
P ( evita insistir no que ocorreu/foi de errado) pense no processo, em como as notas estão conectadas (demonstra)
(E toca)
P: toque as terças afinadas, caso o contrário todo o resto fica alto e mais alto (afinação alta); com o pânico o trompetista tende sempre em pensar e fazer/tocar os intervalos mais longos enquanto voce deveria precisamente fazer o reverso/invertido...
(E toca melhor)


(S4 plays a few lines of Etude)
T: be careful not to be deceived by something that looks fairly easy
(S plays again)
T: these notes feel pushed as if we were going down the hill, and the notes had no end at all.
(S plays without rushing but not in line with the foot, missing some notes)
T: keeping in line with the foot is more important, even if you play some false notes)
(S plays while lacking air)
T: if you take only brief breaths they will also go out very quickly and you will tend to play too high on the pitch
(S takes bigger breath)
T: that's it, so you see, each day you pay attention to intonation, articulation, rhythm whatever problems you may have and you put all this together. Think of an oriental carpet with its overall design, it is this overall pattern, of the piece it amounts to.


(E4 toca algumas linhas/pentagramas do Etude)
P: muito cuidado para não ser enganado por alguma coisa/música que se aparenta razoavelmente fácil.
(E toca novamente)
P: estas notas se sentem pressionadas como se fossemos descer uma ladeira, e as notas não tem final.
(E toca sem correr mas não em sincronia com o pé, perdendo algumas notas)
P: manter a sincronia com o pé é mais importante, ainda que voce toque algumas notas falsas.
(E toca com falta de ar)
P: se voce tomar/respirar pequenas quantidades de ar eles irão certamente acabar rapidamente e voce tenderá tocar na parte alta da afinação.
(E pega/respira maior respiração/inspirar)
P: é isto aí, para que voce veja, a cada dia que voce presta atenção na afinação/intonação, articulação, ritmo, qualquer tipo de problema voce pode ter e voce coloca isto tudo junto. Pense em um tapete oriental com todo o seu detalhamento e com seu padrões, este é o padrão global, da peça que equivale a.


(S5 plays Etude with double and triple tonguing)
T: what is the tongue doing? all it does is shape the notes. Don't think tukutu or tutuku
...the tongue is not saying anything. Perhaps think dHOt or dHAgHA, or dHAdHAgHA, but the tip of the tongue does not get involved at all. (demonstrates on student's trumpet and mouthpiece)
(S plays)
T: you play with too much muscular contraction, as if you were an octave higher.
(S plays more relaxed but mixes up articulation and fingers)
T: let your fingers do the walking...and you need to have rhythmic understanding of the piece.
(S plays all the notes)
T: all right, now be sure you keep the last notes of this ascending arpeggio down.
(S plays)
T: but you can put in a little more energy here.
(S plays)
T: now, some of this is slunged...tongued and slurred (demonstrates).
(S plays)
T: You can do it...!


(E5 toca um Etude com stacatto duplo e triplo)
P: o que a linguá está fazendo? tudo que ela faz é dar forma as notas. Não pense em tukutu ou tutuku...a língua não está dizendo nada. Talvez pense em dHOt ou dHAgHA, ou dHAdHAgHA, mas a ponta da língua não se envolve em nenhum momento. (demonstra no instrumento e bocal do estudante).
(E toca)
P: voce toca com muita contração muscular, como se voce estivesse tocando uma oitava acima.
(E toca mais relaxado mas mistura articulação com dedos)
P: deixe teus dedos fazer a caminhada...e voce precisa ter um conhecimento rítmico da peça.
(E toca todas as notas)
P: tudo certo, agora tenha certeza que voce mantenha as últimas notas deste arpejo descendente.
(E toca)
P: mas voce pode colocar um pouco mais de energia aqui.
(E toca)
P: agora, parte disso é 'slunged'...articulado e ligado/legato (demonstra)
(E toca)
P: Voce pode fazer...!


In my teaching I avoid focusing on the exact physical cause of the problem at hand. I direct attention to the music, breathing and other basics like staying in the right tempo, rather than delving into "theoretical" discussions over embouchure, etc. Also I think that drawing the attention to the end of the notes has a relaxing effect and better allows the player to consider the musical and artistic facets of playing rather than just the technical problem of the connection of the notes. The process of writing and reading words provides a metaphor. We are interested in the content of sentences, paragraphs, and whole books not just in syllables, discrete words, or parts of sentence.

Here we encounter a paradox. It is difficult to achieve good articulation while centering one's attention on articulation. Eventually one will articulate by merely considering the context of notes and the feeling of the music.

Em meus ensinos eu (C.S.) evito focar na exata causa física do problema em questão. Eu direciono atenção para a música, respiração e outros fundamentos, como manter no tempo exato/certo, ao invés de se aprofundar nas discussões 'teorético' sobre embocadura, etc. Também penso que chamando a atenção para o final das notas tem um efeito relaxante e melhor, permite que o trompetista considere/pondere sobre as facetas musicais e artísticas do tocar ao invés de focar somente nos problemas técnicos de conexões das notas. O processo de escrever e ler palavras providencia uma metáfora. Nós estamos interessados no conteúdo das sentenças, parágrafos, e livros completos não somente sílabas, palavras discretas, ou partes de sentenças.

Aqui encontramos um paradoxo. É muito difícil alcançar boa articulação enquanto o trompetista se concentra/ou direciona sua atenção em articulação. Eventualmente o trompetista irá articular limitando-se a considerar o contexto das notas e as sensações/sentimentos da música.



Obrigado por tua visita!
Nunca desista de teus sonhos!
Um estudo consciente te levará muito além de tua imaginação!
Sucesso para todos!
Um abraço
samuca



Thanks for stop by!
All the best to you all!
Never give up your dreams!
Practicing carefully your horn will take you further than you might imagine!
Take care!
Regards from Brazil
sam

domingo, 12 de julho de 2015

O Trompetista Zen - Anxiety on the Trumpet

Bom dia pessoal, dando continuidade em minhas traduções, Zen and the Art of the Trumpet, C.S.

VIDEO DO DIA: Um maravilhoso concerto no ano de 1989, o quinteto de metais Canadian Brass juntos com os principais 'metaleiros' e percussionistas de Nova Iorque e de Boston. Na pistonada: Fred Mills, Ronald Romm, (Canadian Brass) Charles Schlueter, Peter Chapman, (Boston Symphony) Phil Smith (NY Philharmonic) Mark Gould (Metropolitan Opera Orchestra).










Anxiety

Anxiety occurs in many forms. Sometimes it is referred to as stagefright, jitters, performances-nerves, or panic. Each of these is an example of a psychological manifestation of anxiety. The physical forms are tension (tenseness), tremors (shakes), nausea (vomiting), etc.


Ansiedade

Ansiedade ocorre em muitas formas. Algumas vezes é referida como o medo do palco, nervosismos, nervos de apresentações, ou pânico. Cada um deles são exemplos de uma manifestação psicológica da ansiedade. As formas físicas são tensões (tensões mentais), tremores (tremer), náusea (vómitos), etc.  

Strictly speaking, there is no anxiety in the present. There is anxiety when one worries about the past (evaluating or judging what was just played). There is anxiety when one worries about the future (about what is to be played). And combining the two: worrying about what is coming that you have screwed up in the past.


Estritamente falando, não há ansiedade no presente. Existe ansiedade quando o trompetista se preocupa sobre o passado ( avaliando ou julgando o que acabou de tocar). Existe ansiedade quando o trompetista se preocupa sobre o futuro ( o que será ainda tocado). E combinando os dois: preocupações sobre o que está porvir mas que voce já estragou no passado. (Faço aqui uma observação, uma vez li uma definição de preocupação, pré-ocupação, é na verdade uma ocupação antecipada, portanto, busquemos uma tranquilidade na excelência da preparação dos estudos trompetísticos, pois na apresentação tudo ocorrerá maravilhosamente bem).


One cannot stay in the present by concentrating on the present. By using one's imagination, dealing with all aspects of one's playing (tone, dynamics, nuances, phrasing, etc), rather than simply playing the notes, you will keep your conscious mind occupied with things other than worrying. This being achieved the non-conscious mind will enable you to do what you have trained yourself to do.

O trompetista não estará no presente se ele se concentrar no presente. Por usar sua imaginação, lidando com todos os aspectos de seu tocar (tom/timbre, dinâmica, nuances, fraseados, etc), ao invés de simplesmente tocar notas, voce manterá sua mente consciente ocupada com coisas além do que preocupações. Se isto for conquistado/alcançado a mente não consciente/inconsciente te habilitará para que voce faça o que voce treinou para fazer.

This ideally helps to avoid analyzing and judging one's action while it is ocurring, therefore helping to eliminate rather than to encourage anxiety.

Isto idealmente te ajudará a evitar ficar analisando ou julgando a ação do trompetista enquanto esta está ocorrendo. portanto ajudando a eliminar em vez de encorajar a ansiedade.

This will be delved into more in the section on practicing. The use of imagination that must be incorporated into this type of concentration we are advocating must be learned during practice.

Isto será investigado/aprofundado mais na seção sobre praticar/estudar. O uso da imaginação que precisamos incorporar neste tipo de concentração que estamos advogando precisa ser aprendido durante os estudos diários.

Concentrating on breathing (inhaling) will help keep the conscious mind occupied, and keep the whole physical system well provided with oxygen which will contribute to the body's own ability to eliminate muscular tension.

Concentrando-se na respiração (inspirando) ajudará a manter a mente consciente ocupada, e manterá o sistema físico inteiro muito bem provido de oxigênio que contribuirá para que a própria habilidade do corpo de eliminar tensões musculares.

Self-hypnosis is another way of reducing anxiety. There is nothing mysterious or exotic, or even dangerous about hypnosis. Basically, hypnosis is an altered state of consciouness, which most people will experience sometimes, or even on a regular basis, even if not aware of it. Example: Have you ever walked or driven to a friend's house to discuss the vacation you are planning to take together? You are so deeply engrossed in imagining how much fun you will have, that suddenly, you are at your friend's house and you don't remember anything you saw on the way or even being aware of having made the necessary turns, etc. This is sometimes referred to as "being on automatic pilot." Actually, this was a hypnotic trance. Everyone can think of many occasions where this sort of thing has occurred. When the conscious mind is completely occupied or absorbed; the unconscious mind will still be able to function and to do what it has 'learned' to do. This is also true of playing the trumpet. If, while practicing, one actively uses the conscious mind to be imaginative and curious about timbre, nuance, shaping, articulation, phrasing, etc, the unconscious mind will do the actual playing. This active participation will help reduce anxiety.

Auto-hipnose é uma outra maneira de reduzir ansiedade. Não há nada de misterioso ou exótico, ou ainda mesmo perigoso sobre hipnose. Basicamente, hipnose é um estado alterado de consciência, que a maioria das pessoas experimentam algumas vezes, ou ainda em uma base regular, ainda que não esteja consciente disto. Exemplo: voce já caminhou ou dirigiu para a casa de algum amigo para conversar sobre as férias que voces estão planejando tirar juntos?  Voce está profundamente absorto em imaginar o quanto de diversão voces terão, que de repente, voce está na casa de teu amigo, e voce não se lembra de nada do que voce viu no caminho, ou ainda consciente de ter feito as necessárias viradas, etc. Isto é algumas vezes referido como "estar no piloto automático". Na verdade, este foi um transe hipnótico. Todo mundo pode pensar de muitas ocasiões que coisas desta natureza ocorrem. Quando a mente consciente é completamente ocupada ou absorta; a mente inconsciente estará apta para funcionar e fazer o que ela 'aprendeu' para fazer. Isto é também verdadeiro quando tocamos o trompete. Se, enquanto praticamos, o trompetista ativamente usa sua  mente consciente para que seja imaginativa e curiosa sobre timbre, nuances, formação/modelagem do fraseado, articulação, fraseados, etc a mente inconsciente irá entrar em ação e fará a música/estudo/o tocar atual. Esta participação ativa ajudará na redução da ansiedade.

(Obviously, the above is a cursory, extremely simplistic example of self-hypnosis. Anyone wishing to pursue this further must find someone who is highly trained and qualified in the discipline of hypnosis.)

(Obviamente, o acima é um precipitado/superficial, extremamente simplista exemplo de auto-hipnose. Qualquer trompetista desejoso de buscar/perseguir maiores informações precisa encontrar alguém que seja altamente treinado e qualificado na disciplina da hipnose.)

A few years ago, some experiments using Beta-blockers were done with musicians. The primary use for Beta-blockers is for people who suffer from hyper-tension, high blood pressure, irregular heart beat, and a few other conditions. Since Beta-blockers prevent too much adrenaline being secreted into the system, anxiety can be coped with also. Anxiety isn't reduced as it is with the use of tranquilizers, but without the jolt that adrenaline produces, one is able to function better. The effect is: whatever can be done under optimum conditions can be done under the most stressful. Beta-blockers will not enable a person to do anything that cannot already be done. Although the dosage for medical purposes is often 40mg. or higher, it has been my experience that a dose of 10mg. is sufficient for dealing with performance anxiety. One does not feel any 'calmer', but if one misses a note or has some other malfunction, the usual accompanying emotional jolt that normally triggers the rush of adrenaline will not occur. One can continue to function in the most positive manner.

Alguns anos atrás, algumas experiências usando beta-bloqueadores foram feitas com músicos. O uso principal de beta-bloqueadores é para pessoas que sofrem de hipertensão, pressão alta, batimentos cardíacos irregulares, e algumas outras condições. Uma vez que beta-bloqueadores previne que demasiada adrenalina seja segregada no sistema, ansiedade pode ser lidada com (isto) também. Ansiedade não é reduzida como é com o uso de tranquilizadores, mas sem o choque que a adrenalina produz, o trompetista é capaz de funcionar melhor. O efeito é: tudo o que pode ser feito sob ótimas condições pode ser feito sob a mais estressante. Betabloqueadores NÃO irá habilitar/capacitar o trompetista a fazer qualquer coisa que não pode já ser feito/(habilidades adquiridas). Embora a dosagem para propósitos medicinais é geralmente 40mg. ou mais, tem sido em minha (C.S.) experiência que a dosagem de 10mg. é suficiente para lidar com ansiedades de apresentações. O trompetista não sentirá nenhum pouco 'mais calmo',mas se o trompetista perder/errar uma nota ou tiver algum outro tipo de mal funcionamento, o habitual choque emocional que acompanha e que normalmente desencadeia a descarga de adrenalina não irá ocorrer. O trompetista pode continuar a funcionar da forma mais positiva.

Because Beta-blockers can have adverse affects on someone suffering from asthma or someone having extremely low blood pressure, they should be used only under a doctor's supervision. 

Porque betabloqueadores pode ocasionar efeitos colaterais/adversos no trompetista que sofre de asma ou em alguém que tem a pressão sanguínea  extremamente baixa, ELES DEVEM SER USADOS SOMENTE SOB A SUPERVISÃO/PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Another instantaneous way to reduce anxiety is to 'pinch' the webbing (the 'fleshyet' part) between the thumb and forefinger of either hand, with the thumb and forefinger of the other hand. The level of pain indicates the level of anxiety. As the level of pain subsides, increase the pressure until there is no more pain. This should be done on each hand. Usually, one side will hurt more than the other, but not necessarily. One will immediately notice the decrease in anxiety.

Uma outra maneira de instantaneamente de reduzir a ansiedade é beliscar/pressionar o canto das tuas mãos que se localiza entre os dedos indicadores e o dedão (a parte carnuda). O nível de dor indica o nível de ansiedade. A medida que o nível vai retrocedendo/diminuindo, aumente a pressão até que não tenha/exista mais dor. Isto deverá ser feito em cada mão. Normalmente, um lado (uma das mãos) irá machucar/doer mais do que o outro, mas não necessariamente. O trompetista irá imediatamente notar a redução/diminuição na/em ansiedade.



Muito obrigado por tua visita!
Desejo à todos que ótimas horas de estudos conscientes!
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samuca


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sam

sábado, 11 de julho de 2015

O Trompetista Zen - Accuracy on the Trumpet


Boa tarde galera, retomando minhas traduções, no livro Zen and the Art of the Trumpet, está este artigo que traduzo logo abaixo, Accuracy on the trumpet, precisão ao trompete.

VIDEO DO DIA: (nestes últimos dias, tive a grata oportunidade de passar algumas horas com um trompetista maravilhoso e muito humilde, Pacho Flores, perguntei para ele, (qual cantora ele ouvia?) me respondeu, Maria Callas, e Cecilia Bartoli), e me lembro, que Fred Mills, enfatizava a importância de, como trompetistas, investirmos nosso tempo ouvindo excelentes cantoras, sopranos,mezzo-soprano.
Neste vídeo, Cecilia Bartoli, mezzo-soprano revive as músicas escritas para os famosos e virtuoses castratis, entre os minutos 17;55 e 24' na música Cadró,Ma Qual Se Mira de Francesco Araia, é surpreendente o controle do ar desta cantora magnífica.
Se voce tiver interesse, coloco o link para a partitura desta música de Francesco Araia,Partitura, Cadró ma qual se mira




Accuracy

Accuracy is always a prime concern of trumpeters. On an instrument as visible to the listener's ears as the trumpet, the player wants to avoid a 'spleah' at all costs. However, if missing no notes becomes the main goal of playing the trumpet, then neither the performer nor the audience will receive much pleasure from a concert. If I were to hear a performance (on any instrument) that was note perfect and nothing more, then I would conclude that the player missed all the notes.
One of the goals of practicing is to achieve greater accuracy. I think there is a tendency to practice material such as an etude repeatedly, in an effort to play it perfectly, i.e. no wrong notes, no wrong rhythms, no wrong articulation, etc. When I was very young I learned that I was never going to play anything perfectly. The more I made perfection a goal the more notes I missed. I couldn't play any etude perfectly. So, I decided that instead of trying to play an etude the same evry time, I tried to never play anything the same way.
This obviously does note mean that I changed notes or rhythms or tempo (although tempo is one of the least absolute ingredients of music), or dynamics (another non absolute). One is obligated to play what the composer has written. But one is also obligated to play what the composer has not written, i.e. nuance, inflection, timbre. Ironically, when one uses one's imagination in this manner, accuracy increases dramatically.


Precisão

Precisão é sempre uma preocupação primordial dos trompetistas. Em um instrumento tão 'visível' para os ouvidos do ouvinte como o trompete, o trompetista quer evitar 'escrocar' a todo custo. Entretanto, se não perder nenhuma nota se torna o principal objetivo em tocar o trompete, então nem o trompetista nem a audiência receberá tanto prazer em um concerto. Se eu (C.S.) fosse assistir/ouvir um concerto (de qualquer instrumento) que fosse todas as notas perfeitas e nada mais, então eu concluiria que este músico perdeu todas as notas.

Um dos objetivos de praticar/estudar é conseguir uma maior precisão. Eu (C.S) penso que existe uma tendência em praticar os materiais, como um Etude repetidamente, em uma busca/esforço de tocar perfeitamente, ou seja, sem notas erradas, sem ritmos errados, sem articulações erradas, etc. Quando eu era muito jovem aprendi que eu nunca tocaria qualquer coisa perfeitamente. Quanto mais eu fazia da perfeição um objetivo único/essencial mais notas errava. Não conseguia tocar nenhum estudo perfeitamente. Então, decidi que ao invés de tentar tocar um Etude igualzinho toda a vez, eu tento, nunca tocar nada da mesma forma.

Isto, obviamente não significa que eu troco as notas, ritmos ou o tempo ( apesar do tempo, ser um dos ingredientes menos absolutos da música), ou dinâmicas (outro não absoluto). Alguém (o trompetista) é obrigado a tocar o que o compositor escreveu. Mas, este mesmo alguém, é também obrigado a tocar o que o compositor não escreveu, ou seja, nuances, inflexões, timbre. Ironicamente, quando se usa a imaginação desta maneira a precisão aumenta dramaticamente.


Muito obrigado por tua visita.
Ótimos estudos ao trompete.
Nunca desista de teus sonhos.

Um abraço,
samuca


Thanks for stoping by.
I wish all the best for you all.
Regards from Brazil.
sam

domingo, 26 de abril de 2015

Trumpet Listening by Chris Gekker

Boa noite pessoal, neste artigo o excelente trompetista Chris Gekker fala sobre a importância de praticar o ato de ouvir. Nos fala da importância do equilíbrio entre horas de estudo ao trompete e horas de ouvir outros músicos, gravações, concertos, etc.

VIDEO: Chris Gekker tocando o primeiro movimento da Sonata de Eric Ewazen.










Listening 


Ouvindo



To improve as trumpeters, it is necessary to practice with consistency, intensity, and intelligence. Also crucial, and sometimes overlooked, is that to develop our musicianship we all need to listen: to other trumpet players as well as all types of instrumentalists, singers, and types of music.
Para desenvolvermos como trompetistas é necessário praticar com consistência, intensidade e inteligência. Também é crucial, e por vezes esquecidos, é que, para desenvolvermos nossa musicalidade precisamos ouvir: outros trompetistas, bem como outros instrumentistas, cantores, e outros tipos de música.
Practicing builds our skills and conditions us physically to deal with our instrument. Listening develops our overall background and knowledge of music, and more specifically inspires and nurtures an inner ideal of how we want to sound. The great Arnold Jacobs has said that "good" and "great" brass players often possess the same amount of talent—what makes a trumpeter "great" is that internal conception that is continuously strived for.
Estudar/praticar constrói nossas habilidades e nos condiciona fisicamente para lidarmos com nosso instrumento. Ouvir desenvolve nosso conhecimento geral sobre música e mais especificamente inspira e nutre um desejo interno sobre como queremos soar. O grande Arnold Jacobs disse que 'bom' e 'grandes' músicos dos naipes dos metais, geralmente possuem a mesma quantidade de talento, o que faz um trompetista 'grande' é aquela concepção interna que é continuadamente esforçado para.
In a perfect world, we would all be able to regularly attend fine concerts, but this is not likely for most, and pretty much impossible for young players. So recordings are vital for our listening education. I remember, as a young boy in the early 1960s, sitting with my parents, listening to the Jackie Gleason Orchestra on TV, hearing Bobby Hackett's beautiful cornet floating through. In junior high I heard a great professional in person for the first time:
Num mundo perfeito, nós todos teríamos a possibilidade de assistir excelentes concertos. mas isto não é possível para muitos, e quase impossível para jovens músicos. Portanto as gravações são vitais para nossa educação no ouvir. Eu lembro, quando era jovem no início da década de 60, sentado com meus pais, ouvindo Jackie Gleason Orchestra na TV, ouvindo o som lindo de cornet de Bobby Hackett. No colegial ouvi o grande profissional ao vivo pela primeira vez:   
 Emerson Head. His playing was so expressive, so exciting, and I started practicing hard and listening to every record I could, making full use of the public library in my hometown of Alexandria, Virginia. Some almost got worn out: John Ware's posthorn solo on Mahler's Symphony No. 3, Clark Terry, and Maurice Andre. In high school my parents gave me Miles Davis' Filles de Kilimanjaro, which really turned my world upside down. During my first year at the Eastman School of Music, Gerard Schwarz's Age of Splendour pushed me to practice harder than ever. All this listening, going to whatever concerts I could, and my great teachers added up to all the inspiration I could have ever hoped for.
Emerson Head, sua maneira de tocar era tão expressivo, tão excitante, e eu comecei a praticar mais intensamente e a ouvir todo tipo de gravação que eu conseguia, utilizando ao máximo a biblioteca pública de minha cidade natal, Alexandria, Virgínia. Alguns quase ficaram degastados: o solo de posthorn da sinfonia 3 de Mahler tocado por John Ware, Clark Terry e Maurice Andre. No ensino médio meus pais me deram Filles de Kilimanjaro de Miles Davis, que honestamente virou meu mundo de ponta cabeça. No meu primeiro ano na Eastman School of Music, Age of Splendour de Gerard Schwarz me impulsionou a estudar/praticar muito mais do que nunca. Todos estas gravações que ouvia, indo para qualquer concerto que podia, e meus grandes professores somaram toda a inspiração que eu poderia desejar/imaginar.

I was also checking out other musicians: John Coltrane, Bob Dylan, Mahalia Jackson, conductors like Furtwangler and Bruno Walter, and as many composers as possible, from all periods. This is the wide range of listening that can benefit us all. When I coach students on the Haydn Concerto or the Hindemith Sonate, I often learn that they are not familiar with any other works by these composers. Every piece of literature exists in a language, and we cannot hope to really be able to understand what we are doing without some knowledge and background of that language.
Eu também ouvia outros músicos: John Coltrane, Bob Dylan, Mahalia Jackson, maestros como Furtwangler e Bruno Walter, assim como muitos compositores quanto possível de todos os períodos. Esta é a grande variedade de escuta que nos beneficiará sempre. Quando ensino meus alunos no concerto de Haydn ou a Sonata de Hindemith, eu geralmente percebo  que eles não estão nada familiarizados com as outras obras destes compositores. Toda obra musical na literatura existe em uma linguagem, e nós não poderemos compreender o que estamos fazendo/tocando sem algum conhecimento e experiência do que está por trás desta linguagem.
 There are times when some creativity is needed: when preparing the Halsey Stevens Sonata or Ropartz's Andante et Allegro, for example, we might not find other works by them. But, with some research, we'll learn that Copland and Bartok strongly influenced Stevens, and that Ropartz studied with Cesar Franck. There are always ways to add to our knowledge and understanding: read, ask questions, and keep trying to learn.
Há momentos que precisamos de criatividade: quando estudamos a Sonata de Halsey Stevens ou Andante e Allegro de Ropartz, por exemplo, nós possivelmente não encontraremos outras obras deles. Mas, com alguma pesquisa, nós aprenderemos que Copland e Bartok influenciou fortemente Stevens e que Ropartz estudou com Cesar Franck. Existe sempre maneiras de adicionar ao nosso conhecimento e entendimento: leia, pegunte/questione e sempre mantenha aprendendo.
Listening is ultimately as important as practicing—for any of us to reach a high level both must exist together. Practicing, by necessity, is directed inward, centered on ourselves, as we establish and continually refine our abilities. Listening, on the other hand, draws us outward, and can give us the wisdom and perspective to see our musicianship as part of something greater than any one of us as individuals. The balance of these two endeavors has a deep meaning, possibly leading us to the fulfillment and happiness that music making can bring.

Ouvir é em última análise tão importante como praticar/estudar, para que qualquer um de nós possamos atingir um alto nível os dois precisam coexistir. Praticamos por necessidade, nos foca para dentro, centramos em nós mesmos, assim como estabelecemos e continuamos refinar nossas habilidades. Ouvir, por outro lado, nos direciona para fora, e nos dá sabedoria e perspectiva para ver nossa musicalidade como parte de algo maior do que nós mesmos, maior do que nossa individualidade. O equilíbrio destes dois empreendimentos tem um profundo significado, possivelmente nos levando para a realização e felicidade que o fazer musical pode nos trazer/dar.


Thanks for stoping by!
All the best for you all, never give up in your etudes!
Regards from Brazil!
sam

Obrigado por visitar meu Blog!
Ótimos estudos ao trompete!
Um abraço,
samu

sábado, 25 de abril de 2015

Trumpet Habits by James Thompson/ Os Hábitos ao Trompete por J.Thompson

Boa noite, neste artigo traduzi o assunto hábitos, abordado pelo grande trompetista James Thompson, em seu método The Buzzing Book, http://www.jamesthompsonmusic.com/TheBuzzingBook.php,

VIDEO; Aqui temos a oportunidade de ver James Thompson tocando Slavic Fantasy de Carl Hohne,





Habits

Probably the single most important thing in learning any physical skill is the formation of habits. Performers use habits all the time. Habits are called into play by stimuli, or "triggers". When a player picks up his trumpet, he is also picking up his habits. To illustrate: how else would it be possible to ride a bicycle after not having ridden one for months or years?

Hábitos 

Provavelmente a mais importante e singular coisa em aprender qualquer atividade fisica é a formação de hábitos. Artistas/Músicos usam os hábitos o tempo todo. Os hábitos são colocados em 'jogo' por estímulos ou 'gatilhos'. Quando um músico pega seu trompete, ele também está pegando seus hábitos. Como ilustração: de que outra forma seria possível andar de bicicleta, mesmo não tendo andado por meses ou anos?


Habits serve a function similar to that of automatic pilots in airplanes. When we perform a given activity in a set, predictable way, our habits free us to focus our attention on other things - such as listening to intonation or responding to tempo changes within an ensemble while continuing to play the instrument correctly (the habit of playing correctly allows the player to direct his attention elsewhere).

Hábitos servem/tem uma função similar ao do piloto automático em aviões. Quando nós realizamos qualquer atividade em um conjunto, de forma previsível, nossos hábitos nos libertam, para que possamos focar nossa atenção em outras coisas, como ouvir a afinação ou nos atentar para as mudanças de tempo em um grupo, enquanto ainda mesmo estamos tocando corretamente nosso instrumento (o hábito de tocar corretamente permite o instrumentista em direcionar sua atenção em outras coisas).

Yet as the player becomes more critical and demanding of his playing, he will discover that his old habits don't necessarily serve him as efficiently as he would like. He needs to create new habits.
Habits are literal: they do exactly what they're constructed to do, no more and no less. Habits are static: they neither learn nor evolve.

No entanto, como o músico se torna mais crítico e exigente em sua maneira de tocar, ele descobrirá que seus velhos hábitos não necessariamente servem eficientemente como ele desejaria. Ele precisa criar novos hábitos. Hábitos são literal: eles fazem exatamente aquilo para que foram 'construídos' para realizar, nem mais e nem menos. Hábitos são estáticos: eles não aprendem e não evoluem.


There's no breaking a habit: if one wants a better habit, one has to create a new habit; merely changing one's mental conception alone won't suffice. And the new habit will require reinforcement through repetition, which is why it's necessary to play these exercises every time as though it were the first time. A wandering mind is an open invitation for old habits to step in. Diligent application of new habits, on the other hand, will allow old habits to gradually weaken to the point where they are no longer active.


Não há como 'quebrar' um hábito: se queremos um hábito melhor, esta pessoa precisa criar um novo hábito: simplesmente mudar sua concepção mental não será suficiente. E o novo hábito precisará um reforço através da repetição (uma repetição concentrada e sábia) é por isto que devemos tocar qualquer exercício como se fosse a primeira vez. Uma mente que divaga/sonha/fica nas nuvens. é uma mente com as portas abertas para que os velhos hábitos entrem. Uma diligente aplicação dos novos hábitos, por outro lado, permitirá/facilitará que os velhos hábitos gradualmente se enfraqueçam até o ponto que eles não estão mais ativos.


Be aware that work of this nature is apt to take time. Have patience!


Esteja ciente que um trabalho desta natureza está apto a levar tempo. Tenha paciência!


James Thompson - renomado professor na Eastman School of Music, foi principal trompete da Orquestra Sinfônica de Atlanta, e da Orquestra Sinfônica de Montreal. mais sobre James Thompson, visite http://www.jamesthompsonmusic.com/biography.php



Obrigado por visitar meu blog!
Bons estudos e muita paciência com o trompete!
Um abraço!

Samu


Thanks for stoping by!
Take care and do not give up in your trumpet etudes!
All the best! Regardings from Brazil!

Sam




segunda-feira, 21 de abril de 2014

A TRUMPET LESSON With Gustav Mahler

Boa noite pessoal, depois de um longo período de ausência, estou novamente em atividade. Por favor galera, me desculpem por este sumiço. Achei este artigo interessante, uma suposta aula de trompete, com um dos mais respeitados e desafiadores compositores do mundo Gustav Mahler. Quem não conhece a obra de G.Mahler, por favor procure se aprofundar, se voce for um trompetista, 'para ontem' ouça a Sinfonia 5 de Mahler, em especial 0 1º movimento, que poderia ser considerado, em minha opinião, quase como um concerto para trompete e orquestra.


VIDEO DO DIA: 

Uma excelente gravação, Adolph 'Bud" Herseth, principal trompete por mais de 50 anos da Sinfônica de Chicago, fantástico músico e por nossa sorte, escolheu o trompete, rs.



Uma Aula de Trompete com o Professor Gustav Mahler

Professor: Vamos lá pode entrar, voce é o próximo!

Estudante: Olá, Professor Mahler.

Professor: Eu espero que voce tenha se aquecido, porque eu tenho muita coisa aqui e estou ansioso/esperando que voce toque muito bem para mim hoje.

Estudante: Que tipo de coisas, Professor Mahler?

Professor: Tudo que está em minhas composições é mais que o suficiente para manter todo trompetista no topo do seu 'jogo'/game, e platéias voltando para os concertos, por muito tempo. Bom, agora olhemos para tua agenda diária de estudos. Tente ao máximo cobrir, estudar, praticar o maior número possivel destes tópicos todos os dias!

Coisas para o trompete do Professor Gustav Mahler:

* Toque o mais suave possível;

* Toque o mais forte possível; (cuidado para não 'rachar' o som!!)

* Lirismo e delicadeza, nunca vindas de um trompetista;

* Longos e fluídos corais em todos os registros;

* "Deformadas"/ Fanfarras complicadas, lentas, rápidas, suaves e fortes;

* Repentinas e Rudeza pancadas e 'puxões';

* O orgulhoso e o feio (o caráter, o espírito da obra e não o tom);

* Notas agudas diminuendo para o nada;

* A mãe de todos os solos que ocorrem 'offstage' atrás/fora do palco;

* Entradas chocantes e inesperadas;

* Grandes saltos/intervalos em um único salto/intervalo, lento e rápido, suave e forte;

* A nota mais aguda, a nota mais grave;

* A nota mais longa possível!;

* Tercinas super suaves no Dó sustenido grave;

* Solos de fora do palco 'gritantes';

* Transposições sempre requeridas;

* Total precisão sempre esperado/requerido;

Estudante: Nossa!! Professor, não sei se estou preparado para fazer/tocar todas estes requisitos. Veja bem, eu tenho tantos problemas e manias que preciso resolver, o que voce sugere para minhas doenças/meus incomodos?

Professor Gustav Mahler: Tudo o que eu já escrevi é somente isto que voce precisa.

Obrigado pela visita ao meu blog!
Bons estudos trompetísticos e musicais!
Um abraço
samuel proença

PS algumas palavras e frases traduzidas não surtem o mesmo efeito do original. Material traduzido do Blog Trumpet Matters, com a devida autorização do criador do Blog Trumpet Matters, 

http://philstudents.blogspot.com.br/2014/03/a-trumpet-lesson-with-professor-mahler.html


A Trumpet Lesson with Professor Mahler

Professor: Come on in, you're next!  

Student: Hi, Professor Mahler.

Professor: I hope you're warmed up, because I've got a lot of stuff I am expecting you to play well for me today. 

Student: What kind of stuff, Professor Mahler? 

Professor:  Contained in my scores is enough stuff to keep trumpet players at the peak of their game, and audiences coming back for more for a long time to come.  Now, let's take a look at your daily agenda.  Make sure to cover as many of these items as possible every day! 


PROFESSOR MAHLER'S TRUMPET STUFF:
  • soft as possible
  • loud as possible
  • lyric sweetness not expected of trumpet players
  • long fluid chorales in all registers
  • gnarly fanfares, fast and slow, soft and loud
  • sudden rude pokes and jabs
  • the mean and the ugly (the spirit, not the tone)
  • high note diminuendos to nothing
  • the mother of all offstage solos!
  • shocking and unexpected entrances
  • huge leaps in a single bound, soft and loud, fast and slow
  • highest note, lowest note
  • the longest note ever
  • very quiet triplets on a low C sharp
  • offstage screech part
  • transposition always required 
  • complete accuracy always expected

Student: Gee, professor, I'm not sure I am ready to do all of that stuff!  You see, I have many issues and problems that must be solved.  What can you suggest for all of my ailments?  

Professor Mahler:  What I have written is all you will ever need.