domingo, 12 de dezembro de 2010

Auditions, Schmauditions

Boa noite caros leitores, hoje traduzirei um artigo escrito em 8 de março de 2004, por Jay Friedman, principal trombone da Orquestra Sinfônica de Chicago. Neste artigo ele relata alguns pensamentos sobre o processo de audições para se entrar em uma orquestra sinfônica.

Video do dia: http://www.youtube.com/watch?v=KffReF4Af8A&feature=related


Auditions, like democracy, are a very poor system.  And, like democracy, other options are much worse.  This discussion is aimed at not only those who audition, but those who listen to auditions.

Think of yourself as a door to door salesman.  Most of the time you are going to get the door slammed in your face.  Do you go home and cry?  No, you go to the next door and try again.  You have to become immune to rejection.  Unfortunately, auditions aren't that frequent so each one takes on an importance that is deceiving.  But, auditions still are still a door to door selling business just spread out over a large time frame.  

Take solace in the fact that usually the best player for that position didn't get the job because it wasn't their day, it was someone else's.   Auditions don't show very much how someone is going to function in an ensemble.  Those are two different animals.  An audition is a solo performance and playing in an orchestra is an ensemble performance.  Someone can be very nervous in an audition and have no nerve problems in an ensemble and vice-versa.  To illustrate how inaccurate auditions are in judging talent and ability, let's take two auditionees for example.  One is a great player who would fill the position admirably and the other is someone who is not good enough to even be auditioning.  Chances are both will end up with the same results.  That is why we should not take the results of auditions so seriously.


That said, let's examine some rules to live by to be more successful in auditions.  First of all, don't go to an audition with any preconceptions.  The chances are, what ever you imagined will be wrong.  Most audition committees don't know exactly what they are looking for collectively, because they  want someone to come in and convince them that you are the "ONE".  Be yourself and don't listen to rumors about what they are looking for.  Also, don't change your game plan at the last minute because of what you perceive.  It is probably a false apparition.  

My first rule of thumb would be to "Make a Great sound!"  My dynamic range would be governed by my ability to make a great sound.  I wouldn't play louder than I could make a great sound and I wouldn't play softer that I could make a great sound.  In other words, don't volunteer grossness in your loud playing or thinness in your soft playing.  If they want it louder or softer let them ask, and make them take responsibility for any excesses, loud or soft.  Also, if you can't play William Tell at 108, take it at a tempo that makes you sound more comfortable.  In addition, people have a tendency to take Hungarian March too fast.  I like a tempo that allows for maximum sound production, and that would mean a slower tempo than is usually taken.
Another mistake people make is practicing in a small room,  (after all, who has a concert hall to practice in?)  and playing to the acoustics in that room instead of the room they are going to audition in.  I often  tell my students preparing for auditions to "fill the hall with sound"  This is not a volume thing it is a resonance consideration.

Nerves are a major problem in auditions.  The secret to living with nerves, as I see it , is concentration.  Realize that you are going to be nervous, but that  you are going to play anyway.  If I get nervous in a performance I just put more expression into my playing, which makes me concentrate more on the music and less on the people who are listening.  Tune everything out except what you are trying to do with the music.  Worrying about things you can not control, like what they think of you is a big mistake.  This detracts from the thing that you can control; your performance.  Please yourself first, present your wares by making sure your sample case has a quality product, and is nicely presented.  If the answer is "No", get ready and go to the next door.  Just because one potential customer said no doesn't mean the next one will .  Remember you only need one Yes.

I now want to direct my comments to those of you who will some time serve as a judge on an audition committee.  Note -  perfect auditions don't impress me very much.  In fact, a friend of mine in the Vienna Philharmonic said that when someone plays a note-perfect audition for that orchestra it is considered a negative thing because it is felt that the auditionee didn't try hard enough to take musical chances which would have increased the odds of missing a few notes.  This is a very enlightened view and I wish more organizations would follow suit.  I like to hear a great sound with a definite musical personality that takes what is written on the paper and actually makes more out of it than just the notes.  This means style, expression (a singing sound), and capturing the character of each musical moment.


 TRADUÇÃO:

Audições são como democracia, é um sistema muito pobre. Mas, como a democracia, outras opções são muito piores. Esta discussão é focada não somente para aqueles que se submetem nas audições, mas para aqueles que ouvem as audições.

Pense em si mesmo como se fosse um vendedor de porta a porta. Na maioria das vezes voce recebera uma "portada" em seu rosto. Voce vai para casa e chora? Não, voce vai para a próxima porta e tenta novamente. Voce deve se tornar imune a rejeição. Infelizmente, audições não são frequentes, então cada individuo que audiciona, eleva este evento a tamanha importancia que se torna decepcionante/devastadora. Mas, audições ainda são porta-porta 'negócios de venda' que apenas estão espalhados em um maior espaço de tempo entre as ocorrências.

 Obter consolo no fato de que o melhor músico para determinada posição não conseguiu a vaga porque não era seu dia, era o dia de uma outra pessoa. Audições não demonstram como uma pessoa irá funcionar em um grupo. Estes são dois animais totalmente diferentes. Uma audição é concerto solo, e tocar em uma orquestra é um concerto em grupo. Alguém poderá ficar muito nervoso em uma audição e não ter nenhum problema em uma apresentação de um grupo e vice-versa. Para ilustrar como audição é inapropriado afim de julgar talento e habilidade, pegaremos como exemplos dois candidatos. Um é um grande músico que com toda certeza preencherá a vaga admiravelmente e o outro é alguem que nem sequer possui as habilidades necessárias para estar concorrendo uma vaga em uma orquestra. As chances sã que, os dois terminaram com os resultados empatados. Por isto não deveriamos tomar os resultados de uma audição tão seriamente.

 Isto dito, vamos examinar algumas regras que deveremos seguir afim de obter um resultado satisfatório em uma audição. Primeiramente, não vá em uma audição com idéias preconcebidas. As chances são, qualquer coisa que voce imaginou estará errado. A maioria dos examinadores não sabem o que eles procuram, na verdade eles estão esperando alguém que entre no teste e toque convicentemente, afim de eles (a banca) saberem sem sombra de dúvidas que voce é o 'escolhido'. Seja voce,  e não de ouvidos há rumores sobre o a banca está procurando. Também nunca mude teu plano de ação no último minuto, pois voce pressintiu alguma coisa. Isto é provavelmente uma falsa impressão.


Minha primeira regra seria em "Fazer/Ter um Grande Som" Minha gama de dinâmicas será governada pela minha habilidade de meu bonito som. Eu jamais tocaria forte a ponto de 'rachar' meu som, ou jamias tocaria piano demais a ponto de 'falhar' meu som. Em outras palavras, não se voluntarize a tocar grosseiramente em seus fortes, ou fraqueza em seus pianos. Se eles quiserem mais fortes ou mais pianos deixem que eles peçam por isto, e faça com que eles se responsabilizem por qualquer excessividade, tanto forte como piano. Também se voce não consegue tocar William Tell em 108, toque em um tempo que soará mais confortável. Complementando, as pessoas teêm a tendência de tocar a Marcha Húngara muito rápido. Eu gosto do tempo que permita um máximo de produção sonora, e isto significa tocar em um tempo mais lento do que se tocam normalmente.

Outro erro que muitas pessoas cometem é estudar em uma sala muito pequena, ( afinal das contas, quem tem um teatro para estudar/praticar?) e tocar em uma acústica que é muito diferente do local que provavelmente voce fará teu teste. Eu sempre digo para meus estudantes, que estão preparando para um audição 'encha o teatro/sala com som'. Isto não uma coisa relacionada ao volume, e sim um fator de ressonância.

 Nervos...são um dos maiores problemas em uma audição/teste. O segredo para viver com nervos, como eu vejo, é somente concentração. Entender que voce provavelmente estará muito nervoso, mas que apesar disto voce tocará de qualquer maneira. Se eu fico nervoso em um concerto eu simplesmente coloco mais expressão em minha interpretação, o que consequentemente me faz concentrar muito mais na música ao invés de me concentrar nas pessoas que estão ouvindo. Sintonize tudo ao teu redor, exceto o que voce está fazendo com sua música. Se preocupar com coisas que voce não pode controlar é um grande erro, como por exemplo o que sera que a banca está pensando sobre voce. Isto diminui a concentração da coisa que voce pode controlar, sua performance/sua apresentação. Presentei-se voce mesmo primeiramente, apresente 'sua mercadoria' tendo a certeza que voce tem um excelente exemplo de um produto de ótima qualidade, e ainda está muito bem apresentável. Se a resposta for 'NÃO', esteja preparado para seguir em frente até a próxima porta. Somente porque 'um comprador' disse não, não significa que o próximo dirá o mesmo. LEMBRE-SE voce precisa somente de um 'SIM'.

Agora gostaria de dirigir meus comentários para aqueles de voces que algumas vezes estão como júris em bancas de audições. Lembre-se, um teste perfeito não me impressiona muito. Na verdade um amigo meu da Filarmônica de Viena me disse uma vez, por lá quando alguém toca perfeito em um teste, é considerado uma coisa negativa pois pressupõe que a pessoa não se arriscou em tocar muito coração o que aumentaria sua musicalidade mas ao mesmo tempo esta pessoa poderia perder uma nota aqui outra acolá. Isto é uma coisa muito esclarecedora e eu desejaria que muitas outras instituições seguissem esta idéia. Eu gosto de ouvir um bonito som com uma idéia musical bem definida, com personalidade, que alem de tocar as notas escritas no papel fazem muito mais que isto. Isto siginifica estilo, expressão (um som cantado), e ainda captura o caráter de cada momento musical.


Obrigado por tua visita!
Bons estudos!
Nunca desita!
Um abraço à todos!
Samuca

Thanks for stop by!
Get back to the practice room!
Never give up!
My best wishes for you!
Sam

domingo, 5 de dezembro de 2010

Technical Studies by Herbert L. Clarke Third Study

Boa noite a todos, aqui vai mais uma parte do método de H. Clarke. Bons estudos para todos!

Video do dia: 

http://www.youtube.com/watch?v=Va2emfJW6j4

 

Third Study

Original

Practise without repeating at first, until the fingers are under perfect control.
These exercises are excellent for training the lips to be flexible in slurring, single and double tonguing, especially toward the end of the Study.
Etude III can be played entirely in one breath with practice.

Revision

Practice without observing the repeat signs until you have thoroughly mastered the fingering. Remember to keep the lips soft and relaxed throughout.
When you have mastered your legato technique, try single, and double tonguing.
Practice Etude III until you can play it in a single breath.

Comments

In Ex #46, both measures 7 and 8, beat 3 is to be a pedal E# and played first valve. Clarke considered this part of the cornet range as seen in his Elementary Studies book.
The breath control instructions from the original show Clarke’s overall approach of letting breath control develop at the players pace, never being stressed at the expense of clarity and accuracy. The upper notes should be accented to get the correct feel as explained by Claude Gordon in Brass Playing Is No Harder Than Deep Breathing (p. 28). The original does not say to keep your lips soft and relaxed, but that the exercises with train and develop it. The etude can be played in one breath, but this might take time and several times through the book.

Terceiro Estudo

Original:

Primeiramente pratique sem a repetição até os dedos estarem em perfeito controle.
Estes exercícios são excelentes para treinar os lábios nas ligaduras/flexibilidades, stacatto simples e duplo, especialmente quando voce estiver se aproximando do final do exercício.
Etude III poderá ser tocado com uma respiração após muita prática.


Revisão:

Pratique sem observar os sinais de repetição até que voce tenha resolvido todos seus problemas dos teus dedos.
Lembre-se de manter teus lábios relaxados, mas firmes durante todo o exercício.
Assim que voce estiver dominado os estudos ligado, toque-os em stacattos simples e duplos.
Pratique o Etude III até que voce seja capaz de tocá-lo em uma respiração.


Comentários:

No Ex #46 nos compassos 7 e 8, no terceiro tempo tem de ser um Mi pedal, tocado na posição 1, (primeiro pistão abaixado). Clarke considerava esta nota como se fizesse parte da extensão do trompete/cornet, como podemos observar em seu método Elementary Studies.
As instruções sobre respiração que está no original mostrava que Clarke considerava o desenvolvimento respiratório como algo natural e individual, cada pessoa a seu tempo. As notas mais agudas devem ser um pouco acentuadas para enfatizar a sensação, como explicado por Claude Gordon, em seu método Playing a Brass Instrument is No Harder Than a Deep Breath, pagina 28.
No original não enfatizava que devíamos deixar nossos lábios relaxados mas firmes, mas que devíamos praticar e desenvolve-los. O Etude III poderá ser tocado em uma respiração mas com muita paciência e muito estudo.


Obrigado por tua visita!
Bons estudos no trompete!
Pratique sempre!
Um abraço à todos!
Samuca


Thanks for stop by!
Never give up!
Practice your horn!
Sam

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Technical Studies by Herbert L. Clarke Second Study

Boa tarde a todos, aqui vai mais uma tradução dos excelentes estudos de H. Clarke.

Video do dia: http://www.youtube.com/watch?v=9Y3PwFzIeAM

Second Study

Original

Accent the first of each group of four notes to insure perfect rhythm.
When practising this Study, first play each exercise slurred, as marked, then practise it single tonguing very lightly. To become still more expert try double tonguing.
Should certain exercises prove more difficult than others, work on these until they are thoroughly mastered. Do not waste time on those that are easy. Remember that to improve one must master difficulties each day.

Revision

Play these exercises legato at first, then very lightly single tongue them. Finally, to further develop your articulation, try double tonguing. Accent where indicated to maintain a steady rhythm.
Concentrate your practice on those exercises that are more difficult for you -- don’t waste time on those that are easy.

Comments

Legato in the revision does not mean the same as slur in the original.
The exercises should be continued up and octave, repeating back to #33.
The exercises eventually can be played 12 times in one breath and the etude 4 times.


SEGUNDO ESTUDO

Original
Acentue a primeira nota de cada grupo de quatro notas para assegurar um ritmo perfeito.
Quando praticar este estudo, primeiro pratique cada exercicio ligado, como marcado, então pratique separado/articulado (stacatto simples) Ta Ta Ta ou Da Da Da levemente. Para se tornar mais apto no controle do exercício pratique stacattos duplo(articulação dupla) TaKa TaKa...
Se alguns exercícios demonstrarem maior dificuldade do que outros, pratiquem muito mais estes dificies até se tornarem totalmente em controle de teus dedos e mente. Não desperdice teu tempo naqueles que são faceis. Lembre-se que para voce melhorar em teu instrumento voce deve superar pequenas dificuldades a cada dia.

Revisão
Toque os exercicios ligados primeiramente, depois toque-os de maneira articulada bem suave, toque em articulação simples Ta Ta ou Da Da.. Acentue onde está marcado afim de manter um ritmo perfeito. Concentre teus esforços naqueles estudos que são mais complexos para voce. Não desperdice teu tempo praticando aqueles que são fáceis.

Comentários:
Legato na revisão não significa o mesmo que ligado na versão original.
Os exercícios devem ser praticados uma oitava acima e depois devemos retornar no numero #33.
Todos exercícios podem ser tocados 12 vezes e o Etude 4 vezes.

Obrigado por tua visita e volte em teus estudos de trompete!
Nunca desista, sempre pratique muito!
Um abraço à todos!
Samuca



Thanks for stop by!
Never give up, keep practicing your horn!
My best wishes for you!
Sam

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Technical Studies by Herbert L. Clarke First Study

Boa noite caros leitores, tenha em mente que o trompete não facilita nossas vidas. Precisamos estar em constante prática afim de desenvolvermos nossas aptidões trompetistiscas e musicais. Estudemos sempre harmonia, e história da música. Acredito que para sermos um ótimo musicista faz-se necessário o estudo das matérias teoricas musicais bem como a prática inteligente diária do trompete. Peço a todos os meus diletos leitores que não exitem em passar adiante estas informações, pois desta forma estaremos divulgando as mensagens dos autores e trompetistas mundialmente reconhecidos.

VIDEO DO DIA:  Este video foi criado afim de homenagear um dos maiores trompetista de sua geração, uma pessoa querida e quista por todos que o conheceram.

http://www.youtube.com/watch?v=Sgd2fN_0hd4&feature=related

ORIGINAL:


First Study

Original

All these exercises must be played very softly. By practicing in this way your lips will always be fresh and under control. If they are played loud, the opposite effect may result, and the lips may be permanently injured. The principle is the same as that of a physician prescribing three drops of medicine which will cure, whereas a spoonful will kill.
Practise each exercise eight to sixteen times in one breath. Press the fingers down firmly and keep the lips moving. Contract the lips slightly in ascending, relax in descending.

Revision

Do not exceed the dynamic markings indicated in these exercises to avoid fatigue and strain to the lip muscles. Permanent injury to the emrouchure (misprint) may occur if the tone is forced.
Practice each exercise eight to sixteen times in one breath. Tighten the lips slightly in the ascending line, loosen them in descending lines.

Comments

The words “tighten,” “loosen” and “strain” were never in the original. “Tighten” is not the same as “contract.” The dynamics of pp were an eventual goal and not to be played until sufficient power and control was developed. The exercises eventually can be played 55 times in one breath and the etude 4 times. "Press the fingers down firmly" was left out of the revision and this was such a key point that Claude Gordon would stamp " LIFT FINGERS HIGH, STRIKE VALVES HARD" in red ink on every exercise like Clarke's Technical studies. For further clarification on these items read Clarke’s other three books, especially Setting Up Drills, and books by Claude Gordon, who studied with Clarke ten years.



TRADUÇÃO:

Primeiro Estudo 
Original
Todos estes exercícios devem ser tocados suavemente. Ao praticar dessa forma seus lábios sempre  estará fresco e sob controle. Se forem tocados muito fortes, o efeito oposto poderá resultar, e os lábios poderão ser permanentemente lesados. O princípio é o mesmo ao que um médico prescreve, três gotas de remédio  que curarão, enquanto que uma colher cheia pode matar.
Pratique exercício de oito a dezesseis vezes em uma respiração. Pressione os dedos para baixo firmemente e mantenha os lábios se movendo. Contrai os lábios ligeiramente quando for ascendente, e descendente relaxe. 

Revisão
Não exceda as marcações de dinâmica indicada nestes exercícios para evitar a fadiga e a tensão nos músculos dos lábios. Prejuízo permanente para a embocadura (erro de impresão) pode ocorrer se o tom/som é forçado.
Pratique cada exercício de oito a dezesseis vezes em uma respiração. 'Aperte' os lábios ligeiramente na linha ascendente, e descendente 'soltar os lábios' relaxe os lábios. 

Comentários
A expressão "apertar", "soltar" e "tensão" nunca foram mencionados no original. "Aperte" não é o mesmo que "contrair". A dinâmica do pp era um objetivo final e não para ser tocado até que energia e controle suficientes fossem desenvolvidos. Os exercícios podem eventualmente ser tocados 55 vezes em uma respiração e o Etude 4 vezes. "Pressione os dedos para baixo com firmeza" foi deixado de fora da revisão e este foi um ponto-chave que Claude Gordon mencionava "Levante os dedos altos, Pressione as válvulas fortemente", em tinta vermelha em cada exercício como os estudos técnicos de Clarke. Para mais esclarecimentos sobre estes itens leia os outros três livros de Clarke, especialmente o Setting Up Drills e  também os  livros de Claude Gordon, que estudou com Clarke por dez anos.



Obrigado por tua visita!
Bons estudos e nunca desista!
O trompete não facilita!
Um abraço à todos!
Samuca




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Sam

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Introduction of the Technical Studies by Herbert L. Clarke

Boa noite caro leitores, estes próximos artigos estarão relacionados ao excelente método de Estudos Técnicos de Herbert L. Clarke, Livro 2, espero que esteja contribuindo de alguma forma para uma melhor compreensão de como praticarmos este método. É de suma importância entendermos o que o compositor/autor dos métodos estava querendo dizer. Bom estudos a todos!
Como Clarke gostava de enfatizar, NUNCA DEIXE O MENOR ERRO ACONTECER, se acontecer PRATIQUE MAIS LENTAMENTE, não pratique o erro, e sim pratique os acertos. 


VIDEO DO DIA:  o GRANDE TROMPETISTA Maurice Andre,

 http://www.youtube.com/watch?v=3xJeg6JMrNY&feature=related


ORIGINAL:

Original

This work has been especially written to enable the cornet student how, through proper practice and application, any obstacles which may occur in musical passages written for his instrument, may be overcome.

By playing the exercises contained in this book in one breath, according to instructions, the student will acquire endurance without strain or injury. The muscles which control the lips must be trained until they are elastic and strong, and always remembering that only a slight pressure and not brute force is necessary to produce a tone.

It will be found possible to play the highest, as well as the lowest note in these exercises with equal tone quality, if they are practised according to the instructions that precede each study. All the exercises in this book are playable, and not very difficult, if practised slowly at first and not for too long a time. I have used them in my daily practice for years and they have been the means of my reaching the highest notes after playing a two hour concert and also of preserving my lips so that they never tire. What has been a help to me should surely be of benefit to other cornet players.

One cannot expect to attain the highest point of excellence without hard work and perseverance. Never be perfectly satisfied with yourself. Try to improve to some extent each day and to experience that satisfying pleasure in having conquered what at first seemed an impossibility.

Correct the least mistake you make immediately. Bad habits are easily formed and difficult to remedy.
To become an expert on the cornet, one should familiarize himself with as much material for this instrument as possible. In this way a substantial musical background is assimilated and much information and knowledge is gained.

There are few celebrated cornet soloists, although thousands play the instrument. Most players practice incorrectly and by neglecting the elementary work, lose many of the benefits to be gained.
The third book of this series is devoted to characteristic studies of every description. While slightly more difficult, the melodious element has not been overlooked and the entire material has been graded with the same care as the contents of this Second Series.

Revision

This work has been especially written to enable the cornet student to conquer any technical difficulties he might encounter in the literature for the instrument.
By carefully following the instructions in this book, the student will build up strength and endurance without strain or injury to his embouchure. If the lips remain flexible and the tone is note forced, it will be possible to play easily any note, regardless of the register. The exerices (misprint) in this book are not very difficult if practiced slowly at first. I have used them for years in my daily practice to maintain my endurance and to prevent fatigue. Hard work and dedication will be required to achieve a high degree of excellence; but by correcting your slightest mistake and by striving for improvement each day, your efforts will be rewarded by conquering what seemed, at first, impossible.
The student should familiarize himself with as much of the cornet repertoire as possible in order to gain a substantial and diverse musical background.
The third book of this series contains slightly more difficult studies of every description which have been graded with the same care as the contents of this Second Series.

Comments

An important point about breath control and playing “in one breath” is left out of the revision. This is especially important because the point lost is that playing that way will cause certain things to happen. The phrase “the muscles that control the lips” is changed to “the lips”, which doesn’t agree with Clarke’s statements in other writings that “The lips do not play the instrument.” The original emphasis about there being a wrong way to practice is left out, leaving the impression that mere “hard work and dedication” by repetitious practice of correct notes will solve everything. The encouragement to familiarize oneself with more repertoire in the revision “in order to gain a substantial and diverse musical background”, while good, misses the original point of not just solos but “elementary work” (found in method books). By removing the original sentence following the comment the context and emphasis is not what Clarke was trying to say.


TRADUÇÃO:

Original

Este trabalho foi especialmente escrito para permitir que o aluno de trompete/cornet saiba como superar,   através da prática e aplicação adequadas, os obstáculos que podem ocorrer em passagens musicais escritas para seu instrumento.
Ao tocar os exercícios contidos neste livro/método com um só fôlego/respiração, de acordo com as instruções, o estudante irá adquirir resistência, sem tensão ou lesão. Os músculos que controlam os lábios devem ser treinados até que eles estejam elásticos e forte, e sempre lembrando que APENAS UMA LEVE PRESSÃO É PRECISO E NÃO A FORÇA BRUTA para que seja produzido um tom/som.


 S
erá possível de tocar a nota mais aguda, bem como a nota mais grave nestes exercícios com qualidade de som igual, se eles forem praticados de acordo com as instruções que precedem cada estudo. Todos os exercícios deste livro/método são tocáveis, e não muito difícil, se praticados lentamente no começo e não por muito tempo. Eu (palavras de Herbert L. Clarke) tenho usado eles na minha prática diária durante anos e  eles tem sido os meios de alcançar as minhas notas mais altas depois de tocar um concerto de duas horas e também de preservar meus lábios para que não se cansem/fatiguem. O que tem sido uma ajuda para mim certamente deverá ser um benefício para outros tocadores/músicos de trompete/cornet.


Ninguém pode esperar atingir o ponto mais alto de excelência, sem trabalho duro e perseverança. Nunca esteja perfeitamente satisfeito com você mesmo. Tente melhorar de alguma forma a cada dia e busque experimentar o prazer  e a satisfação em ter conquistado o que a princípio parecia impossível.


Corrija o menor erro que você cometer, imediatamente. Maus hábitos são facilmente formados e de difícil solução. Para se tornar um especialista no trompete/cornet, voce deve familiarizar-se com todo material  dentro do possível para este instrumento. Desta forma, uma grande quantidade musical é assimilado e muita informação e conhecimento é adquirido.


Há poucos solistas/celebridades do trompete/cornet, embora milhares que toquem o instrumento. A maioria dos músicos/trompetistas praticam incorretamente e por negligenciar o trabalho elementar/os fundamentos, perdem muitos dos benefícios a serem obtidos.
O terceiro livro desta série é dedicado aos estudos característicos de cada tipo. Embora um pouco mais difícil, o elemento melódico não foi esquecido e todo o material foi classificado com o mesmo cuidado que os conteúdos desta segunda série. 


Revisão

Este trabalho foi especialmente escrito para permitir que o aluno de trompete/cornet conquiste/supere as dificuldades técnicas que podem ser encontrados na literatura para o instrumento.
Seguindo atentamente as instruções contidas neste livro, o aluno construirá força e resistência sem tensão ou lesão à sua embocadura. Se os lábios permanecem flexíveis e o tom /som não é forçado, será possível tocar facilmente qualquer nota, independentemente do registo/tessitura. Os exercícios (erros de impressão) neste livro não são muito difíceis se praticado lentamente no início. Eu (H.L.Clarke) tenho usado por anos em minha prática diária para manter a minha resistência e evitar a fadiga. O trabalho duro e a dedicação serão necessários para atingir um alto grau de excelência, mas CORRIGINDO o menor erro e se esforçando para melhorar cada dia, seus esforços serão recompensados pela conquista do que parecia, a princípio, impossível.
O estudante deve se familiarizar com o máximo de repertório do trompete/cornet  tanto quanto possível, a fim de obter um fundo/bagagem substancial e diversificada.
O terceiro livro desta série contém estudos um pouco mais difícil de todos os tipos , mas foram classificados com o mesmo cuidado que os conteúdos desta segunda série. 


Comentários
 

Um ponto importante sobre o controle da respiração e tocar "em uma respiração" é deixada de fora da revisão. Isto é especialmente importante porque o ponto perdido é que tocar dessa forma fará com que certas coisas aconteçam. A frase "os músculos que controlam os lábios" é alterada para "os lábios", que não concorda com as afirmações de Clarke em outros escritos que "Os lábios não tocam o instrumento." A ênfase inicial sobre a existência de uma forma errada de prática é deixada de fora, deixando a impressão de que "o trabalho duro e dedicação" pela mera prática repetitiva de notas corretas vai resolver tudo. O incentivo para familiarizar-se com mais repertório na revisão ", a fim de ganhar uma substancial e diversificada fundo/bagagem musical", é importante, mas perde o ponto original de não aprender somente solos,  e  sim  o  "trabalho fundamental" (encontrado nos livros/métodos básicos). Ao remover a frase original após o comentário, o contexto e a ênfase não é o que Clarke estava tentando dizer.

Obrigado por tua visita!
Estude, pratique, vivencie trompete!
Viva música!!
Um abraço à todos!
Samuca


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Sam

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Technical Studies by Herbert L. Clarke

Boa noite caros leitores, a partir de hoje escreverei artigos relacionados ao método de Estudos Técnicos de Herbert L.Clarke, já sabem né..voce meu dileto leitor que não conhece este nome, por favor faça um favor a ti mesmo, pare de ler agora, e pesquise!! Quem foi Herbert L. Clarke?
Este método está entre um dos mais usados em todo o mundo, e quero partilhar com voces, as traduções das sugestões de Clarke, de como os estudos deveriam e devem ser praticados.

VIDEO DO DIA:  Neste video Herbert L. Clarke está tocando o Carnaval de Veneza, gravado no dia 14 de abril de 1909.

http://www.youtube.com/watch?v=h-uNUdbQrx4


ORIGINAL:


In 1912 Herbert L. Clarke wrote one of the mostly widely used trumpet method books. It is still in use today by every serious professional and aspiring professional trumpet and brass player. The size of the book, 53 pages, is far outweighed by the volume of wisdom contained in just a few brief comments on how to use the book. This book however, like many books, has been subjected to reinterpretation. In the early 1980s the book was reprinted with translations into three languages (English, German, and French). At that time the English text was changed, possibly for easier translation. What was lost were some of the original comments that agreed with Clarke’s philosophy of brass playing. This article is first intended to be a source of the original text and secondarily explain how it fits with his other writings and why the revisions are not in agreement with his original intended meaning.

The editors and revisers of many other method books have changed the text to a different meaning and neglected correcting obvious errors with notes and misprints, as Claude Gordon so appropriately noted in his recent editing of the St. Jacome's Grand Method For Cornet. The different layout of the current revision of  Clarke's Technical Studies (as opposed to the original) shows that the look of the slur lines is different and sometimes unclear whether a slur ends at a given measure at the end of a line or continues to the following line.

The complete version of this article, with all Clarke's fingerings, is accessible in the Clinic and Private Student pages. These were from Claude Gordon who received them directly from Clarke. Some of these are listed in  Claude Gordon's Systematic Approach To Daily Practice, but not the complete list. They are not to be seen as an option in practice, but are to be played every time. Some fingerings will prove to be more awkward and some less awkward than the normal fingerings. The end result is better control of each finger and a working knowledge of the fingering to use in any given situation.

All of the metronome markings are possible as well as the breath control instructions. Clarke and others have gone beyond the goals set in the book.


TRADUÇÃO:

Em 1912, Herbert L. Clarke escreveu um dos métodos mais amplamente utilizado na maior parte do mundo do trompete. Ele ainda é usado por todos os profissionais e aspirantes ao trompete profissional, ao leitor sério de metais. O tamanho do livro, 53 páginas, é largamente compensado pelo volume de sabedoria contido em apenas alguns breves comentários sobre como usar o livro. Este livro no entanto, como muitos livros, foi submetido a reinterpretação. No início de 1980 o livro foi reimpresso, com traduções em três idiomas (Inglês, alemão e francês). Naquela ocasião, o texto em Inglês foi alterado, possivelmente para facilitar a tradução. O que foi perdido foram alguns dos comentários originais, que concordavam com a filosofia de Clarke de tocar o trompete. Este artigo é primeiramente intencionado e destina-se a ser uma fonte do texto original e, secundariamente, explicar como ele se encaixa com seus outros escritos e por que as revisões não estão de acordo com seu significado original pretendido. 

Os editores e revisores de muitos outros métodos tem mudado os textos, para um significado diferente e negligenciado a correção de erros óbvios como notas erradas, como Claude Gordon tão apropriadamente observou em sua edição recente de St. Jacome's Grand Method For Cornet. O layout diferente da atual revisão do Clarke's Technical Studies (ao contrário do original) mostra que a aparência das linhas de ligaduras são diferentes e às vezes não está claro se uma ligadura termina em uma determinada medida no final de um pentagrama ou continua a ter relação com o próximo pentagrama.




A versão completa deste artigo, com todos os dedilhados de Clarke, está acessível na Clínica e páginas  da Private Student. Estas foram de Claude Gordon que os recebeu diretamente do Clarke. Alguns destes estão listados no Claude Gordon's Systematic Approach To Daily Practice, mas não a lista completa. Eles não podem serem vistos como uma opção na prática, mas sim como devem ser tocados toda as vezes. Alguns dedilhados aparecerão ser mais complicado e alguns menos estranhos do que os dedilhados normais. O resultado final é um melhor controle de cada dedo e um conhecimento prático do dedilhado para usar em qualquer situação.
  
Todas as marcas de metrônomo são possíveis, bem como as instruções de controle da respiração. Clarke e outros já ultrapassaram as metas estabelecidas no livro.


Muito obrigado por tua visita!
O trompete não facilita as coisas para nós!
Pratique diariamente sabiamente!
Um abraço à todos!
Samuca

Thanks for stop by!
Practice a lot your horn!
Do not give up!
My best wishes for you!
Sam

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Auditions by Michael Sachs Parte Final

Boa noite caros leitores, hoje é o ultimo artigo de Michael Sachs, bem como sempre digo, se voce desconhece este trompetista, pesquise... Bons estudos para todos!

ACONTECE: Em Tatui/SP nesta semana o 3° Encontro Internacional de Trompetistas, maiores informações,

http://www.abtrompetistas.com.br/site/?p=16

VIDEO DO DIA:  Trompetista David Guerrier,

http://www.youtube.com/watch?v=rjcWE6KUhnI&feature=related

ORIGINAL:

Every committee I've been on wants to see a positive outcome to every audition. However, sometimes this is just not possible. I've seen auditions where we've had tremendous players come, many whom I know could do a terrific job, but nobody had a good enough day, on that day, to win the job. It happens from time to time, and nobody is more disappointed than the committee and music director. In these situations, we have the collective feeling that the prize is there for the taking, and we're just waiting for somebody to come out and grab it... yet nobody closes the deal. The auditions we hope to see have a candidate who comes in and plays in an extraordinary manner that makes it crystal clear that he or she is the one for us to hire. Sometimes, we get very lucky and hear two or three candidates like this in the same audition and we wish we could hire all of them. 
Ultimately, the committee is looking for that standout candidate who plays in a convincing manner with all correct details within the context of a strong, compelling musical presence. Be a complete musician. Prepare thoroughly, play with a great tone quality and musical character, and stay relaxed and flexible. Auditions are challenging, sometimes stressful, but very necessary steps along the road to success. Stay focused, be curious, and you'll get to where you want to go.

TRADUÇÃO:

Cada comissão/banca que já estive querem ver um resultado positivo para cada teste. No entanto, às vezes isso não é possível/não acontece. Já vi testes em que nós tivemos tocadores/músicos sensacionais, muitos que eu conheço e sei que poderiam fazer um trabalho fantástico, mas ninguém teve um dia bom o bastante, naquele dia, para ganhar o emprego. Acontece de vez em quando, e ninguém fica mais desapontado do que o diretor da comissão e os músicos da banca. Nessas situações, temos o sentimento coletivo de que o prêmio está lá para ser 'pego', e nós estamos apenas esperando que alguém venha para fora /com toda convicção para/e agarrá-lo ... Mas ninguém 'fecha o negócio'. As audições que desejamos/esperamos ver é quando um candidato aparece e toca de uma maneira extraordinária que torna  cristalino que ele ou ela é a pessoa certa para nós contratarmos. Às vezes, temos muita sorte e ouvimos dois ou três candidatos como este na mesma audição/teste e gostaríamos de poder contratar todos eles.
Em última análise, a comissão está à procura de candidatos que se destacam que interpretam de forma convincente com todos os detalhes corretos dentro do contexto, e que tenham uma forte  e convincente presença musical. Seja um músico completo. Prepare-se bem, toque com uma qualidade de som maravilhosa e com um caráter musical, mantenha-se relaxado mas flexível. Testes são desafiadores, por vezes estressante, mas são os passos necessários ao longo da estrada para o sucesso. Concentre-se, seja curioso, e você vai chegar onde você quer ir.

Muito obrigado por tua visita!
O trompete não nos dá uma trégua!
Estude muito, pratique mais!
Um abraço a todos!
Samuca


Thanks for stop by!
Get back to the practice room!
My best wishes for you!
Sam